Christos Tsiolkas apresentou-me, em «A Bofetada», a tradutora Tânia Ganho. Foi devido a este livro que conversámos pela primeira vez. Algum tempo depois, saiu «O Filho do Desconhecido», de Alan Hollinghurst, com outra excelente tradução da mesma tradutora. Antes destes dois livros, já Tânia Ganho havia traduzido John Banville, David Lodge, Ali Smith, Nicholas Shakespeare, entre outros…No entanto, é a sua própria produção ficcional que aproxima ainda mais Tânia Ganho dos leitores. É pela sua própria voz, pelos mundos que cria, que se dá a conhecer. Vencedora, em 2011, do Concurso Internacional de Contos Cidade de Araçatuba, a escritora lançou, em 2012, «A Mulher-Casa» (Porto Editora).Tânia Ganho propõe-nos, no seu quarto romance, um exercício de interpretação literária sobre o problema da libertação do indivíduo.
Neste livro, a atenção recai sobre o papel da mulher na sociedade. A Moral, o Hedonismo, a Fidelidade são temas sobre os quais a autora propõe a reflexão.
Todos nos identificamos, em algum aspecto, com a família de Mara, mesmo que sigamos caminhos diferentes dos que os seus elementos seguiram. Daí a inquietação que «A Mulher-Casa» provoca.
Leia a entrevista no Diário Digital