quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Google inova com tradutor instantâneo

O Google revelou nesta terça-feira (17/11) um novo serviço de tradução, com um novo visual e a sensação de tradução em tempo real. Além disso, a ferramenta agora tem a capacidade de traduzir 51 idiomas.

A tradução instantânea é o recurso mais perceptível do novo serviço do tradutor do Google. A tradução é feita enquanto o usuário digita na caixa de textos, sem a necessidade de apertar o botão “traduzir”. O botão, porém, ainda está presente.

Para quem não fala inglês, o novo Google Tradutor introduz um serviço de pronúncia. Caso o usuário traduza de outra língua para o inglês, um ícone aparece ao lado da palavra em inglês e lê em voz alta.

O diretor de produção do Google, Awaneesh Verma, disse em um post no blog oficial da empresa que o Google Tradutor vai trabalhar continuamente na melhoria da precisão do sistema de tradução automática.

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17.11.2009


Google Translate, Now a Threat to Freelance Translation Services (Good Thing for the Public, Though)

It has been hotly debated in the translation industry on whether Google Translate would become a threat to freelance translation services. While many people have focused on Google Translate's recent change of offering real-time translation, expert at Abacus Chinese Translation Services believes that soon, Google Translate would replace much needed services of freelance translators. That is because Google Translate's quality would improve as more and more professional translators use Google Translate to translate, improving the size of Google Translate's database, making it a virtual Trados software, eliminating the needs of simple translation works of freelance translators.

Los Angeles, California.: Will Google Translate become a threat to freelance translation services? It has been hotly debated in the translation industry. American Translators Association probably believes that it won't happen, as it posted an article from the Washington's Post (dated 5/24/09) titled "Machines No Match for Human Translators". However, Samuel Chong, a certified Mandarin court interpreter in the State of California and a professional Chinese translator in Los Angeles, believes otherwise. He thinks that as more and more professional translators use Google Translate's database, it will improve Google Translate's quality because it will become a virtual Trados software with the extra benefit of having the largest translation database of the world.

What makes Samuel Chong, the Chinese translator, think so now rather than before? "It is because of Google Translate's new change. Before, you copy and paste a sentence or a paragraph, and then Google Translate does the translation for you. Google then asks you to suggest a better translation. You can do that voluntarily, of course, but not many professional translators would take the time to do it." Chong says.

"Now, things are different. With the new change of Google Translate's interface, a professional Chinese translator such as myself can easily see that I am now able to create an account, and upload my files for Google to translate it automatically. Then, the most important thing is that I can correct Google's translation on the interface manually, and then decide whether to share my corrections with the rest of the world.

"This, in turn, creates a virtual Trados translation software, with potentially (and probably already is) the largest translation database in the world. As more and more professional translators use Google Translate and share their suggestions for better translations, Google Translate's quality will definitely improve.

"The result, is that people will no longer need freelance translation services for small translations. They will go to Google Translate directly, and Google Translate will do a good job for them" Chong explains.

However, this will not happen over night, and it takes time for that to happen. Also, professional and technical translation needs will not go down because of Google Translate as they still need the human touch to make sure the translations are accurate.

"It will be good for the public who wants certain documents to be translated. For some of the freelance translators who rely on written translations, they might see their work load reduced and they might want to go into something else such as oral interpretations". Chong suggests.

"It is inevitable, really inevitable. If that happens, I wouldn't blame Google Translate for the reduction of businesses. Because if there were no Google Translate, there would be Yahoo Translate, Bing Translate, or even Abacus Chinese Translation Services Translate, that do similar things" Samuel Chong says.

"There would still be the needs for simultaneous interpretation services or phone interpretation services, for example. The industry will survive with certain changes, just like the computer industry in which few people use floppy disks today" Chong concludes.

This article can also be found at http://www.certifiedchinesetranslation.com/09/1118-Google-Translate-Threat-to-Freelance-Translation-Services.html

by Sunny Wang

18.11.2009

Uma boa tradução pode ser uma “arma” positiva no marketing e nos negócios

A necessidade de um bom diálogo e entender o próximo é uma questão muito antiga e vem desde os primórdios do homem, principalmente pelas práticas comerciais. Hoje, essa necessidade está cada vez mais acentuada e a globalização, junto com a evolução das tecnologias e meios de comunicação, provoca a obrigação de países, corporações e pessoas, em buscar se entender cada vez melhor.

Só que, diferentes idiomas e sotaques requerem cuidados para que não aja confusão e deslizes na hora de entender a mensagem de países diferentes. O que ainda acontece muito. Aí, é que entra a importância de uma boa tradução. O entendimento claro e correto da informação de outro idioma pode fazer a diferença, por exemplo, em uma estratégia de marketing ou no esclarecimento de um contrato internacional.

Confira a entrevista com a tradutora e coordenadora da Área de Traduções do CLL Lucía Rodríguez sobre as dificuldades mais comuns na tradução e formas de aplicações diferenciadas no marketing.

Quais as principais diferenças entre as traduções feitas para Inglaterra, Estados Unidos, Espanha e países latinos?


A principal diferença está no vocabulário. O idioma é o mesmo, mas há palavras que não tem o mesmo significado em um país e no outro. Na América Latina, o idioma principal é o espanhol, mas esse mesmo espanhol muda um pouco de país a pais, não somente o sotaque, mas também o significado de várias palavras.

No inglês dos Estados Unidos e da Inglaterra é a mesma diferença. Tem jeitos diferentes de chamar certas coisas. Por exemplo, na Inglaterra, as calças são chamadas "trousers", enquanto nos EUA, são conhecidas como "pants". Assim também há diferenças na Espanha e América Latina quanto à palavra Internet. Enquanto na Espanha falam "el internet", na América Latina dizem "la internet".

Provavelmente, todos irão entender do que se trata, mas a tradução não estaria correta para aquele país. E é aí que entra uma diferença gritante entre quem sabe fazer e quem faz de conta que sabe fazer. E isso deveria pesar muito na hora da escolha de um profissional.

Quais os cuidados que se deve ter ao fazer uma tradução formal e uma informal? Onde cada uma delas é aceita?


Todos os idiomas têm um jeito formal e informal de falar/escrever. A América Latina costuma usar mais o "tu" (informal) que a Espanha. Se a tradução for um slogan de marketing, o mais provável é que seja informal, já que procura aproximar-se ao público em geral. Tem traduções que requerem mais formalidade. Para não errar, é preciso conhecer o público, o tipo de tradução que é e também o quê é requerido pelo solicitante da tradução. Muitas vezes eles são os que dizem como querem a tradução.

Por falar em marketing, como deve ser a tradução para essa área?

As traduções para a área de marketing podem ser mais difíceis. Em uma tradução muito literal de um trabalho de marketing é difícil conseguir a fluidez do texto. Frases de marketing podem ser muito complicadas também.

O "slogan" pode mudar muito de uma língua para outra para fazer mais sentido para aquele público-alvo. Uma tradução de marketing precisa de criatividade por parte do tradutor. Isso não quer dizer que ele pode mudar o que está escrito, mas com criatividade podem surgir ainda mais idéias para uma tradução de marketing. Por isso, o ideal é o contato e a troca de idéias entre o criativo e o tradutor, para "afinar" a percepção do conceito.

Quais os maiores erros de tradução?


Existem erros quando a tradução é feita de uma forma literal. Geralmente esse tipo de erro é cometido por um tradutor que está apenas começando ou quando não se entende bem o modismo. Um exemplo disso, em inglês, é o jeito coloquial de falar "oi", ou seja, "What's up".

A tradução correta no português seria "E aí?", mas um erro comum se o tradutor não sabe que "what's up" é um jeito de falar oi, seria ele traduzir como "O que tem lá em cima?", o que tiraria complemente o sentido do texto. Aqui, podemos aproveitar o mesmo exemplo, e citar o caso do Presidente do México, que ao discursar em um estádio brasileiro tentava falar hoje, mas dizia Hoy, e era saudado pela torcida com um sonoro Oi, não entendendo o que estava ocorrendo.

Administradores.com, 18.11.09


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Prêmio Novos Tradutores

A Universidade Gama Filho criou o Prêmio Novos Tradutores (inglês, espanhol, italiano) para tradutores que nunca publicaram seus trabalhos. Para conhecer o regulamento e concorrer veja o link.

Por motivos pessoais houve pouquíssimos posts nos últimos meses, mas estou de volta!

sábado, 26 de setembro de 2009

Grupo de pesquisa lança dicionário bilíngue on-line

Está disponível on-line, no endereço www.dtvb.ibilce.unesp.br, a coleção Dicionários Temáticos Visuais Bilíngues (DTVB), elaborada pelo grupo de pesquisa “Lexicologia e Lexicografia contrastiva”, coordenado pela docente do IBILCE Claudia Xatara. Trata-se de um conjunto de oito dicionários bilíngues (português-alemão, português-árabe, português-chinês, português-espanhol, português-francês, português-inglês, português-italiano e português-japonês), que busca auxiliar a aquisição, memorização e tradução de um vocabulário básico desses idiomas.

Cada dicionário apresenta cerca de 2.600 palavras mais frequentes em língua portuguesa com seus equivalentes em cada idioma, divididas em 30 temas, como “Alimentação”, “Edifícios e Estabelecimentos”, “Lazer e Cultura” e “Profissões e Ocupações”. Toda entrada vem acompanhada de ilustrações e o conjunto de entradas de cada tema é distribuído em níveis de aprendizagem, considerando-se as três etapas tradicionais: inicial, intermediária e avançada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Engano na tradução enfurece Hillary Clinton

A secretária de Estado norte-americana respondia às questões de estudantes, numa visita ao Congo, quando um jovem lhe perguntou por qual a posição do Presidente Obama sobre um assunto nacional. Só que o tradutor trocou os nomes, o que resultou numa pergunta sobre a opinião do presidente Clinton.... Hillary não gostou.
A pergunta dizia respeito a um empréstimo da China ao Congo, assunto sobre o qual o estudante queria saber a opinião do Presidente Obama. Mas um engano do tradutor acabou por irritar Hillary Clinton, já que em vez de traduzir correctamente a questão, trocou o nome do actual Presidente dos EUA com o do antigo presidente Bill Clinton.
"Quer que eu lhe diga o que o meu marido pensa?", interrogou a secretária de Estado norte-americana, incrédula.
"O meu marido não é secretário de Estado. Eu é que sou!", acrescentou, visivelmente irritada.
Só no final da conferência de impresa, Hillary Clinton teve oportunidade de esclarecer a questão com o estudante, que lhe explicou qual a pergunta que queria colocar.
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Alma de Escritor

Cinco anos após sua morte, em 2003, o escritor chileno Roberto Bolaño tornou-se um dos mais famosos autores latino-americanos nos Estados Unidos. A tradução para o inglês de seu último romance, 2666 (originalmente de 2004, mas publicada por lá em novembro de 2008), causou um enorme frisson entre os leitores norte-americanos. O livro foi listado pela The New York Times Review como um dos melhores do ano passado e, ainda em março deste ano, levou o The National Book Critics Circle Awards de melhor ficção. Tais conquistas são raras para um autor de língua hispânica que, ironicamente, ganhou status de best seller em um país conhecido por não privilegiar traduções.A tal “Bolañomania” – como definiu a The Economist – é o mais recente exemplo de como um escritor pode ser recriado em outro idioma. O peruano Julio Ortega, professor da disciplina Estudos Hispanoamericanos da Universidade Brown (EUA), em crítica publicada no periódico espanhol El País, ressalta o fato de a versão traduzida ter feito de Bolaño um autor diferente para os norte-americanos. “O Bolaño que se lê em inglês não é o mesmo que é lido em espanhol”, garante Ortega. “Seu texto ganha outra vida, outra função”. O crítico peruano argumenta que a tradução ressalta um aspecto mais vitalista de sua narrativa e a insere dentro de um estilo caracteristicamente yanqui, mais próximo de Jack Kerouac, o beat autor de On the RoadA análise ressoa em outra crítica de Michael Saler, do suplemento literário da edição inglesa do jornal The Times, que atribuiu o sucesso de 2666 à expectativa de críticos e leitores do país em torno do trabalho, já que haviam sido positivamente surpreendidos com o livro anterior de Bolaño, The Savage Detectives, lançado no início de 2008. Saler também destaca a voz exuberante, informal, do autor, que ecoa à primeira vista vários clássicos norte-americanos. “Embora ele tenha citado Huckleberry Finncomo uma inspiração, o livro traz a marca de On the Road e The Catcher in the Rye [de J. D. Salinger]”, diz Saler, para quem são brilhantes as traduções de Natasha Wimmer, responsável por verter as duas obras de Bolaño para o inglês.O caso de Bolaño é mais um entre tantos outros da literatura cujos holofotes são voltados para o trabalho da tradução. O próprio Ortega lembra de Edgar Alan Poe, que foi considerado um autor menor até ser traduzido por Charles Baudelaire, que, em francês, deu nova dimensão à sua obra. Em outro exemplo, Modesto Carone, um dos principais tradutores de Franz Kafka para o português, lembra que a primeira tradução do escritor checo para o espanhol, feita por Jorge Luis Borges, trouxe muito mais do estilo literário do argentino do que de Kafka. No Brasil, quando se deparou com uma tradução de A peste, de Albert Camus, assinada pelas iniciais G.R., Carone teve a certeza de conhecer o escritor por trás do texto em português e mais tarde recebeu a confirmação de que se tratava do grande Graciliano Ramos. “Era quase uma visão do Camus pelo Graciliano, mas era fantástica”, analisa Carone, também escritor e vencedor do prêmio Jabuti de 1999 com seu romance Resumo de Ana.

Por Ruy Barata Neto para a Revista Cultura

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Concurso para Tradutor Público e Intérprete Comercial no Estado do Rio de Janeiro

Finalmente saiu o edital para Tradutor Público no Rio de Janeiro. Os idiomas são:
Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão, Russo, Mandarim, Japonês, Sueco, Neerlandês, Norueguês, Árabe, Hebraico, Coreano, Latim, Húngaro, Polonês, Grego, Finlandês e Dinamarquês.

As inscrições serão recebidas somente via Internet, no endereço eletrônico
www.concurso.fgv.br/jucerja09, no período de 03 a 21 de agosto de 2009 e a taxa de inscrição é R$260 reais.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A poesia é traduzível?

Ivan Junqueira

À parte o ceticismo de alguns e a boa vontade de outros, a primeira exigência que se deve fazer a um tradutor de poesia é a de que ele seja um poeta, pois somente assim poderá enfrentar os desafios técnicos específicos desse gênero literário, como os do ritmo, da estrutura sintático-verbal, dos esquemas métricos e rímicos, da linguagem metalógica, do jogo de imagens e metáforas e de todos os outros elementos que constituem a retórica poética. Isto não quer dizer, necessariamente, que a tradução de poesia seja mais difícil que a dos textos em prosa, que têm também sua especificidade e suas armadilhas próprias. Lembro aqui a dificuldade que devem ter enfrentado os tradutores de Joyce ou Guimarães Rosa, para ficar apenas com estes dois. Mas há uma outra exigência, e não menos crucial: a do duplo domínio do idioma para o qual se irá realizar a tradução e do idioma em que se encontra escrito o texto a ser traduzido. São as assim designadas, respectivamente, língua de chegada e língua de partida. Talvez o erro capital neste ponto seja o fato de que, de um modo geral, saber o tradutor o seu próprio idioma nacional é considerado com o devido apreço, muito embora seja verdade que a ninguém é concedido o miraculoso privilégio de bem conhecer uma língua estrangeira sem conhecer a sua própria. Aliás, pelas oportunidades e confrontos vocabulares e sintáticos que oferece, a tradução transforma-se num veículo de notável eficácia para o conhecimento da própria língua nacional. E aqui caberia relembrar o que disse Goethe sobre o assunto: "Wer nur eine Sprache Kennt, Kennt nichts. Eine Sprache ist ein neur Geist." Em bom português: "Quem sabe somente uma língua nada sabe. Uma língua é um novo espírito."

Digestivo Cultural

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domingo, 19 de julho de 2009

Changing the World With Open Translation

While there are some pretty nifty machine-based language tools out there, no machine will ever trump human translation. Machine-based tools are fine for simple greetings and pleasantries. However, only human translators can help us understand the political and cultural nuances inherent in foreign texts. This is important on two accounts. Firstly, rather than bouncing ideas off a culturally insular echo-chamber, we have a chance to learn from others with distinctly different view points. And secondly, for the first time ever, world history moves from being a confined regional fact to an evolving and diverse discussion.
Human translation lets us address collective global issues while also seeing the negative and positive impact of our choices. For this reason a number of groups have come forward to produce open translation (or crowd sourced translation) projects. Here are just a few of those efforts:
1. Project Lingua: This service aims to reduce language barriers on the web. With Project Lingua, volunteers translate alternative media sources from citizen journalists on the Global Voices network.
2. Worldwide Lexicon: This project first parses information with machine translators and real humans review the translations to ensure they are accurate. From here, the group republishes the sites in a number of languages in order to encourage cross-cultural dialogue. The group also built Der Mundo - what WWL describes as a "general purpose translation community for blog and RSS feeds."
3. WikiProject Echo: WikiProject Echo is a program where volunteer translators contribute their efforts to expanding the scope of Wikipedia. Volunteers will certainly have their hands full translating this amount of data as the site advertises 2.9 million English articles alone.
4. TED Open Translation Project: For polyglots, the TED Open Translation Project is a great way to practice superior language skills while contributing to a cause-worthy project. We're big fans of this educational series. All translators and reviewers are credited on the web page for a talk they've translated as with the above Arabic translation.
5. Cucumis: Cucumis also employs volunteer translators and all translation is thoroughly peer-reviewed. Once a translator's work is accepted, they receive points. The points are redeemable for translations from others within the community.

From Read Write Web

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segunda-feira, 13 de julho de 2009

O espírito de uma época

Para ser poeta, é preciso ser mais que poeta. A máxima do poeta curitibano Paulo Leminski descreve bem a atuação de Haroldo de Campos. Suas contribuições para o cenário cultural brasileiro vão além dos poemas e das teorizações acerca do fazer poético.Os indícios deste homem de muitas artes, um polígrafo, para usar uma palavra quase em desuso, são encontrados em “Inteligência Brasileira: uma reflexão cartesiana”, livro do filósofo alemão Max Bense. Publicado na Alemanha em 1965, e até então inédito em português, o ensaio de Bense é uma tentativa de interpretação do ambiente cultural brasileiro, conhecido pelo autor em quatro viagens ao País que realizou nos anos 1960.O itinerário começa com o poeta: foi no final de 1959, que Max Bense conheceu Haroldo de Campos. O filósofo recebeu uma carta, redigida em francês, onde o poeta se apresentava como amigo de Eugen Gomringer, escritor suíço-boliviano, ligado ao alemão. O brasileiro solicitava um encontro, para apresentar a poesia concreta do grupo Noigandres. A trocar idéias trouxe benefícios para os dois lados: por um lado, Bense ajudou na internacionalização do movimento concreto e colaborou com as discussões acerca do design e da poesia visual, de autores próximos dos irmãos Campos. Por sua vez, o poeta introduziu no País as idéias de Bense, tornando-se seu primeiro tradutor.Dialética“Inteligência Brasileira” é uma ensaio breve, que se estrutura a partir de teses breves e numeradas. Neste sentido, remete ao estilo preciso, apesar de um tanto “poéticos”, de outros alemães, caso de Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin, e do austríaco Ludwig Wittgenstein. Baseado no cenário progressista que encontrou aqui (Poesia Concreta, fundação da Escola de Desenho Industrial da Guanabara, a construção de Brasília), a tese central de Bense é que o Brasil seria dotado um espírito cartesiano, em interação dialética nossa passionalidade tropical. (DR)
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Diário do Nordeste 11.07.09

domingo, 28 de junho de 2009

O futuro das Letras: o ensino comparado de literaturas

Inserida no currículo do curso de Letras em 1961, a Teoria Literária e Literatura Comparada respondem pela introdução do aluno a estudos literários gerais, bem como, à noções teóricas especializadas, indispensáveis a uma boa formação acadêmica. No ano seguinte, Teoria da Literatura passou a ser designada como Teoria Literária e Literatura Comparada, por iniciativa do Prof. Antônio Cândido, visando assegurar o estudo das literaturas estrangeiras e um espaço institucional para a Literatura Comparada. Os objetivos? Ensinar evitando teorizar demais, apresentando como os conceitos “funcionam” na prática imediata, bem como, entrar em contato com os “clássicos” de maneira atualizada. Referindo-se às perspectivas que o ensino de Letras acenam, João Camilo dos Santos, diretor do Centro de Estudos Portugueses da Universidade da Califórnia (Santa Bárbara - EUA), afirmou, na abertura do I Simpósio Ciência, Literatura e Cultura, que é o Ensino Comparado de Literatura, permitindo relacionar conceitos, culturas e formas de expressão literária dos quatro cantos do mundo, muito do futuro do ensino literário mundial.Camilo, incentivando o levantamento de anotações marginais que, amadurecidas em reflexões práticas, fortalece o ineditismo que as dissertações e teses destes podem fomentar, entende que, uma vez que a produção científica da área de Teoria Literária e Literatura Comparada se compõem de trabalhos que recobrem o estudo de aspectos teóricos da poesia e do romance de diferentes nacionalidades, tais manuscritos apresentam maiores chances de serem aceitos em periódicos indexados internacionais, de alto impacto.

Já em relação à tradução das obras nacionais, Camilo entende que não basta o domínio da língua portuguesa e da língua original de uma determinada obra para que a tradução desta seja de boa qualidade. O tradutor, segundo ele, deve dominar a estilística literária, ou seja, saber dizer “literariamente” a força ou suavidade do autor que se está a traduzir. Desta forma, a psicanálise, a história, a genética textual, a política, a música e muitas outras áreas poderiam voltar a receber o olhar cada vez mais interessado do tradutor, para que este se “alimentasse” de toda a riqueza cultural com que estas imbuiriam sua interpretação e posterior tradução.

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Gazeta de Ribeirão 28.06.09

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Milton Hatoum lança livro de contos em Curitiba

Tradutor, professor e considerado um dos grandes escritores brasileiros, Milton é descendente de libaneses, ensinou literatura na Universidade Federal do Amazonas e na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Seus textos coesos e precisos trazem o leitor a uma interpretação particular e singela.

Suas outras obras deram notoriedade dentro e fora do Brasil. "O livro Dois Irmãos confirmou Hatoum como um dos maiores romancistas da América do Sul. Em Cinzas do Norte, a derrota de uma geração e sua transcendência moral dão ao romance uma amplitude épica", publica Maya Jaggi, do jornal britânico The Guardian. "Apesar de sua obra até então bastante reduzida, ele se estabelece definitivamente como uma figura central da literatura brasileira contemporânea", menciona Florian Borchmeyer, do periódico Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Leia sobre o lançamento do livro

Paraná Online 24.06.09

Maupassant revisitado

Cento e vinte e cinco contos, mais de 800 páginas e quase um ano de trabalho diário. São essas as medidas da mais recente obra do escritor gaúcho Amilcar Bettega – a imersão naquele que é um dos maiores contistas que o mundo já viu, o francês Guy de Maupassant (1850 – 1893), autor de clássicos como Bola de Sebo, O Horla e Carta de um Louco, todos presentes no catatau lançado recentemente pela Companhia das Letras.
Os tais 125 Contos de Guy de Maupassant foram escolhidos pela psicanalista Noemi Moritz Kon, que assina o texto de apresentação do livro – aliás, há uma falha de edição: nem Noemi, nem Amilcar são devidamente apresentados. Não custa lembrar: Amilcar, 45 anos, é também contista, vencedor do Prêmio Portugal Telecom com Os Lados do Círculo (2004). Em entrevista por e-mail de Paris, onde mora há seis anos e meio (“Por razões familiares, visto que minha mulher é daqui”), onde dá aulas de português na Sorbonne Nouvelle – Paris 3 e onde escreve um romance para o projeto Amores Expressos (da Cia. das Letras) inspirado em viagem a Istambul, o gaúcho de São Gabriel comenta a insana porém adorável empreitada que foi traduzir Maupassant:
– Sou muito lento, checo palavra por palavra, depois a frase, o conto todo, o ritmo. Creio que jamais vou aceitar fazer um trabalho dessa envergadura. Mas para alguém que, como eu, é fã do gênero conto e que também os escreve, foi como ter aulas com um dos maiores mestres no assunto.

Leia a entrevista

Zero Hora, 24.06.09

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Best-seller de vanguarda, “Zazie no metrô”, do escritor francês Raymond Queneau, ganha nova edição

Raymond Queneau (1903 - 1976) é da quase extinta espécie de intelectuais a que se dava o nome de “eruditos”. Enquanto em outros esses genes se manifestavam numa escrita hermética e pesada, Queneau alcançava o quase milaculoso efeito da leveza.

Queneau publicou “Zazie no metrô” há exatos 50 anos. No livro, narra os acontecimentos que se sucedem à pré-adolescente Zazie, em suas andanças pelas ruas de Paris. Ela chega à capital francesa vinda de uma pequena cidade do interior do país. Na casa de seu tio Gabriel, se revela mal educada e geniosa e acaba envolvendo os vizinhos do tio, um estranho que encontra na rua e uma viúva demasiadamente carente.

No Brasil, “Zazie no metrô” foi publicado, pela primeira vez, em 1985. Traduzida por Iréne Harlek Cubric, a versão da editora Rocco se encontrava fora do mercado há mais de duas décadas. Nos 50 anos do livro, a obra foi lembrada ganhando uma nova e zeloza tradução de Paulo Werneck.

A tradução, aliás, é que salva o livro, já que a literatura de Queneau é uma escrita do risco. É como se o autor andasse sobre um muro alto que dividisse a tradição moderna do romance e da prosa inventiva (James Joyce, Marcel Proust, Virginia Wolff) e as narrativas “baratas” dos romances de banca de jornal e do cinema de entretenimento. Queneau se vale de recursos como a reconstrução do léxico e do vocabulário, fundindo palavras, criando novas e flexionando outras, conforme seu uso oral.

Por recorrer à oralidade, Queneau atrelou seu romance à língua. Mais que as paisagens, “Zazie no metrô” propõe um percurso pela própria língua francesa. Solucionar isso, incluindo o português falado no Brasil na mistura de Queneau, sem incorrer em inadequações, é o grande trunfo do trabalho de de Paulo Werneck na tradução.

É ele quem explica: “A tradução hoje é encarada quase como um gênero literário autônomo; há quem defenda que seria um texto tão original quanto o ‘original’. Sou mais cauteloso quanto a isso, acho que é necessário acompanhar o autor passo a passo. O livro é do autor, e não do tradutor´, enfatiza, acrescentando, sobre os dilemas e as sutilezas de seu ofício: ´No entanto, se o livro é muito sugestivo, como ‘Zazie’, se propõe brincadeiras com a linguagem, trocadilhos, gírias, minha obrigação como tradutor é seguir o autor nisso tudo e encontrar correspondentes em português. É menos uma questão de ser ‘fiel’ e mais de ser ‘leal’ ao autor. Caso contrário, vou traí-lo”.

Solucionado o impasse lingüístico, Werneck deixa o romance o mais transparente possível. O que fica à vista é uma história engraçada, beirando o surrealismo. Um confusão, nas ruas de Paris e na(s) língua(s), motivada por uma criança espevitada, cujo único desejo é andar de metrô.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=648563

Mundo afora, Sérgio Xavier fala e ouve pelo presidente, guarda segredos de Estado e ganha status no poder

Entre um chope no Bracarense, no Leblon, e o vôlei de praia em Ipanema, o carioca Sérgio Xavier sempre rezou pela cartilha da esquerda. Com parentes perseguidos pela ditadura militar, dedicou-se ao movimento sindical, à construção do PT no Rio de Janeiro e abraçou causas sociais, como a campanha contra a fome liderada por Hebert de Souza, o Betinho. Aos 42 anos, formado em comunicação social, resolveu arriscar uma virada na vida. A oportunidade surgiu num jantar oferecido pelo então presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, a mais de 100 ONGs internacionais, durante a ECO-92, a conferência sobre meio ambiente. Ofereceu-se para traduzir o discurso do então sempre candidato da legenda ao Palácio do Planalto. Lula gostou do resultado e, dois anos depois, levou o intérprete para um encontro com o líder africano Nelson Mandela. Hoje, Xavier é o intérprete oficial da Presidência da República. A rotina carioca do chopevôlei deu lugar a uma agenda repleta de compromissos oficiais e coquetéis com chefes de Estado.

A bordo do Aerolula, Xavier conheceu mais países do que poderia sonhar e passou a conviver com líderes mundiais. Em maio, durante a reunião do G-20 em Londres, seu rosto ganhou as manchetes quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou Lula de "o cara". Coube a ele traduzir a gíria americana. Na semana passada, acompanhou o giro presidencial pela Suíça, Rússia e Casaquistão. Na reunião dos BRICs, além dos encontros pessoais, teve o desafio de fazer traduções simultâneas de cabine, do inglês para o português. Com a relevância da função, vem o assédio. Ao servir de boca e ouvidos do presidente Lula mundo afora, inclusive nas conversas particulares com autoridades estrangeiras, Xavier se tornou o interlocutor mais cobiçado de Brasília por assessores, ministros e jornalistas. Todos tentam arrancar do tradutor algum segredo de Estado. Mas, sempre discreto e fiel aos princípios da profissão, ele apenas sorri e desconversa. Quando pressionado, cala-se.

O assunto é tabu, mas é quase certo que Xavier tenha assinado um termo de confidencialidade com a Presidência, já que não está sujeito ao sigilo funcional de um servidor público. "Acredito que o Sérgio tenha assinado um contrato que exige o sigilo", afirma Elizabeth Thompson, presidente do Sindicato Nacional dos Tradutores (Sintra), do qual Xavier já foi vice-presidente. Com ou sem contrato, Lula confia cegamente nele, afinal são 17 anos de amizade. Os dois compartilham também as convicções políticas. Xavier é militante do PT e por dez anos fez trabalho voluntário de tradução para o partido. Em 2006, doou R$ 7 mil para a campanha de Jaques Wagner ao governo da Bahia, cuja família é do Rio.

Apesar do engajamento político, Xavier defende a ideia de que o intérprete seja "neutro para inspirar confiabilidade". Um mandamento nem sempre cumprido. "Num regime de esquerda, seja em países orientais, seja em ocidentais, o intérprete oficial faz certas censuras, ou poderíamos dizer aparos, durante seu trabalho", explicou, numa rara entrevista concedida à colega Tereza Braga, da American Translator Association (ATA), em 2004. O conhecimento profundo do sindicalismo ajuda Xavier a traduzir expressões como "rank and file", termo para designar a massa dos trabalhadores, a base abaixo dos dirigentes sindicais e dos líderes políticos. Em 2003, ele coordenou uma equipe de 120 intérpretes no Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Aos 59 anos, que completa agora em julho, costuma comentar com amigos que um dos pontos altos de seu currículo foi ter trabalhado com Betinho no Ibase.

Durante quase uma década Xavier não cobrou por seus trabalhos. Só passou a faturar quando Lula chegou à Presidência. De 2004 a 2009, recebeu R$ 335 mil da Presidência, segundo dados da Controladoria Geral da União. Por meio de sua empresa, a Global Multilíngue, também convoca intérpretes para ajudar com outros idiomas. No caso das traduções de francês e espanhol, chama o consultor legislativo Lucio Reiner. Quando o idioma é o russo, entra em cena Luiz Carlos Prestes Filho. Um dos filhos do Cavaleiro da Esperança, Prestinho, como é conhecido, presenciou os encontros de Lula com Vladimir Putin. E na semana passada acompanhou o presidente Lula no encontro dos BRICs em Ecaterimburgo e na visita ao Casaquistão.

"Minha maior alegria é ser o que alguns colegas chamam de 'a voz do Brasil' ou 'dublê', como me qualificou o presidente ao me apresentar num evento nos EUA", disse Xavier à ATA. A principal dificuldade de sua função, segundo ele, é romper as barreiras dos seguranças para ter acesso a Lula durante eventos internacionais. Vez ou outra, o próprio presidente intervém para impedir que ele seja barrado. A tradutora Liane Lazoski, que começou a carreira fazendo eventos empresariais ao lado de Xavier, diz que o amigo "é extremamente metódico e disciplinado". "Ele está num posto almejado por todos. Mas também tem uma responsabilidade sem igual. Acho dificílimo fazer o que ele faz", diz Liane.

Um dos maiores desafios é ser fiel às expressões e piadas usadas por Lula. No primeiro encontro que teve com Barack Obama, na Casa Branca, em março, o presidente disse que o americano tinha um "pepino" nas mãos, ao assumir os EUA em plena recessão. Xavier não encontrou no inglês algo similar à expressão brasileira. Disse apenas que Lula"não queria estar na sua posição".

Na visita a Windhoek, na Namíbia, em 2003, o presidente declarou que quem chegava à cidade nem parecia que estava na África porque "poucas cidades do mundo eram tão limpas, tão bonitas". O intérprete omitiu a palavra "limpa", que poderia ser entendida como uma ofensa ao continente.

Embora a imprensa brasileira tenha destacado a gafe de Lula, naquele momento, diante das autoridades do país, Xavier mostrou que seu papel, hoje, é muito mais importante do que aparenta. É, às vezes, diplomático.

sábado, 20 de junho de 2009

Entre um verso e outro

"Cartas de ontem", é um livro de poesias do britânico Richard Price. Lá, ele reúne poemas que versam sobre o amor com uma linguagem contemporânea sem deixar de ser lírica. Em seu lirismo, o autor dialoga com poetas como o italiano Catulo, e trafega pelo discurso amoroso do filósofo francês Roland Barthes.
O intuito da tradução do livro ao português é de proporcionar ao leitor brasileiro maior contato com a produção recente de poesia contemporânea do Reino Unido. Segundo a tradutora Virna Teixeira, "temos uma latência muito grande de traduções". Ela explica que a importância de trazer novos autores do Reino Unido é a mesma de levar novos autores brasileiros para lá. E acrescenta:
- Lá, tem menos pessoas ainda traduzindo poesia brasileira para o Reino Unido. Esse intercâmbio é importante e é preciso dar um primeiro passo.
Richard, o autor, nasceu na Inglaterra e cresceu na Escócia. Formado em jornalismo, inglês e biblioteconomia, é hoje o responsável pelo setor de coleções modernas britânicas na British Library, em Londres.
Poeta, prosador e tradutor, Richard se dedica também a ser editor da revista literária Painted, Spoken. Aos 43 anos, tem dois livros publicados com boa repercussão de público e crítica. Um de seus livros, o Lucky Day, foi indicado para o Whitbread Poetry Prize em 2005, um importante prêmio de literatura contemporânea.
Virna Teixeira é poeta e tradutora. Formou-se em medicina e, nas horas vagas, é neurologista. Obteve em 2001 uma bolsa Chevening do British Council para mestrado na University of Edinburgh, Escócia. Lá, acabou se interessando pela poesia escocesa. Frequentou algumas leituras e cursos paralelos. Tomou contato com a obra do poeta Edwin Morgan. "Fiquei impressionada e comecei a traduzir poesias dele", lembra.
Publicou dois livros de traduções de poesia escocesa: Na Estação Central, de Edwin Morgan (editora UnB, 2006) e a antologia Ovelha Negra (Lumme Editor, 2007), que teve apoio da Cultura Inglesa e Scottish Arts Council.
Enquanto produzia a Ovelha Negra, conheceu a obra do Richard e entrou em contato com ele. Por sugestão do poeta, Virna também lançou sua antologia em Londres. Desde então, a tradutora-médica deixou clara sua intenção em traduzir mais trabalhos do Richard. E assim o fez.

Leia a prévia

Terra Magazine 19.06.09

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tradutor portátil na feira tecnológica em SP

Computadores de última geração, chapinha high tech, cafeteira capaz de preparar 14 xícaras de uma vez e um tradutor portátil são algumas das novidades tecnológicas que serão apresentadas no Eletrolar Show 2009 - 4ª Feira de Negócios para a Indústria e o Varejo de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos. O evento ocorre entre terça (16) e sexta-feira (19), das 13h às 21h, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Os lançamentos apresentados deverão estar nas prateleiras das lojas de todo o Brasil nos próximos meses.
Um dos destaque fica por conta do Talk Translator PC-T9000, um tradutor portátil “fluente” em dez idiomas e que contém mais de 300 mil palavras e 1.400 frases.

G1, 16.06.09


UFSC sedia encontro internacional

Oficinas, palestras e mesas-redonadas estão entre as atividade do I Encontro Internacional de Teatro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).O evento começa hoje, às 9h, com a oficina Processo de Criação do Ator _ composição sonora da palavra via dramaturgia do corpo, ministrada por Janaina Träsel Martins, no campus da UFSC.Até a próxima quinta-feira os mais expressivos nomes da área como Christophe Bident e Dominique Rabaté são algumas das atrações do evento.– É um encontro de alta qualidade teórica e reflexão prática. Queremos convidar os colegas que realizam trabalhos em dramaturgia, tanto teatral, quanto cinematográfica, aqui na universidade – observa Sergio Medeiros, professor do curso de Pós-graduação em Literatura e do Núcleo de Oralidade e Outras Linguagens da universidade e organizador do evento. A programação conta ainda com a presença de grandes tradudores de peças teatrais como Donaldo Schüler, tradutor dos trágicos gregos; Fábio de Souza Andrade, tradutor das maiores peças de Samuel Beckett e resenhista da Folha de S. Paulo; Arlete Cavaliere, tradutora do teatro completo de Gógol e de Maiakóvski. A programação completa pode ser conferida no endereço eletrônico www.ufsc.br.

Diário Catarinense 15.06.09

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sensações da juventude e a Literatura

Tatiana Salem Levy sempre teve a literatura como "uma companhia". Vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2008, na categoria autor estreante, com o seu primeiro romance, "A Chave da Casa", a escritora trata do seu envolvimento com a arte das letras durante a participação no projeto Viagem Literária, que tem início na região amanhã, em Penápolis (Leia mais na página D2).Destacando a importância do estímulo à leitura na infância e na adolescência e a necessidade de se desenvolver mecanismos que motivem o jovem ao contato com a literatura, Tatiana conversou com a reportagem, por telefone, sobre sua trajetória.Filha de pais brasileiros, Tatiana nasceu em 1979, em Lisboa, Portugal. Com a dupla-nacionalidade, publicou por lá e por aqui. "A Chave da Casa" é de autoficção e foi lançado no Brasil pela editora Record e em Portugal pela Livros Cotovia.Tradutora e doutora em Estudos de Literatura, ela publicou também "A experiência do fora: Blanchot, Foucault e Deleuze" e contos na revista "Ficções 11", nas antologias "Paralelos" e em "25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira".Leitora de Clarice Lispector na adolescência, Tatiana agradece por ter nascido em uma família que sempre deu valor à leitura. Pesquisando para um novo romance para o público jovem e adulto, é a primeira vez que participa do Viagem Literária."Quero estabelecer uma conversa com os participantes, uma coisa próxima; não quero ficar no lugar de palestrante. Vou ter uma conversa sobre literatura, falar um pouco do meu percurso dentro da literatura, como surgiu minha relação com o livro, a leitura."

Leia a entrevista

Folha da Região, 14.06.09

Marco da ficção expressionista, épico ganha uma segunda tradução no Brasil ao completar 80 anos

'Berlin Alexanderplatz', de Alfred Döblin, volta renovado. O mais incômodo épico da literatura alemã do século 20, Berlin Alexanderplatz, obra-prima do médico e escritor Alfred Döblin (1878-1957), ganha, aos 80 anos, uma nova tradução, a cargo da professora de Literatura Irene Aron, que a Editora Martins/Martins Fontes coloca nas livrarias no começo de julho. O livro, já traduzido anteriormente por Lya Luft, volta às livrarias num momento de crise, o de uma recessão cada vez mais desestabilizadora, que ameaça empurrar para o precipício países fragilizados, exatamente como aconteceu no passado com a Alemanha, tomada de assalto pelos nazistas. Em mais de uma ocasião - e com justa razão -, a atual crise financeira do mundo foi comparada ao inferno de Wall Street em 1929, ano do grande crash da Bolsa - e também da chegada de Berlin Alexanderplatz ao mercado, após sua publicação em folhetim ter sido recusada por dois dos principais jornais liberais de Berlim.
Leia trechos da tradução

Estadão 15.06.09

sábado, 13 de junho de 2009

Salinger, Nabokov, Roth, McEwan. Jorio Dauster só traduz gigantes

Entrevista: Jorio Dauster, TRADUTOR DE INDIGNAÇÃO

Depois de sete livros em sequência, a tradução de Philip Roth trocou de mãos. Saiu o professor, poeta e contista carioca Paulo Henriques Britto, 57 anos, e entrou o diplomata e consultor de empresas Jorio Dauster, 71, seu conterrâneo. A Companhia das Letras diz que se trata só de uma questão de agenda (Britto é um profissional muito requisitado). De qualquer forma, o leitor não precisa se preocupar: Roth está em boas mãos. Dauster verteu para o português três obras de J.D. Salinger e 10 de Vladimir Nabokov, incluindo os clássicos O Apanhador no Campo de Centeio (em 1965) e Lolita (na versão mais recente, de 1994). Depois de Indignação, pegou dois Ian McEwan, O Jardim de Cimento (já no prelo) e Amor Infindo. Ou seja, só trabalha com autores consagrados.– Encaro as traduções como um hobby, e não como uma ocupação – diz Dauster em entrevista por e-mail. – Só aceito trabalhar com autores de que gosto e sem prazos rígidos de entrega, o que permite que cada obra se transforme num prazer e jamais como uma obrigação.
Leia a entrevista

Zero Hora 13.06.09

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Google lança nova ferramenta de tradução que aprende com erros

Quem já precisou usar websites de tradução sabe que eles não são muito confiáveis e muitas vezes falham até mesmo em tarefas simples. Para o Google, o problema dessas ferramentas, inclusive do seu Google Translate, é a falta de um "toque humano". Para modificar esse quadro, a empresa anunciou nesta segunda-feira o lançamento do Google Translator Toolkit .
O kit permite que se faça a tradução automática de um arquivo de texto em seu computador, de um arquivo da Wikipedia ou do Knol ou de um site qualquer. Para isso, basta indicar o local do arquivo no seu computador ou o endereço do site a ser traduzido.
Feita a tradução automática, o Google Translator Toolkit oferece ferramentas para uma sintonia fina no texto, como busca e dicionários. Com isso, o trabalho da máquina pode ser aperfeiçoado. Segundo o Google, o sistema aprende com as correções feitas pelos usuários, criando uma memória de tradução.
O Translator Toolkit funciona integrado com a Wikipedia, o que permite uma publicação imediata do resultado da tradução na enciclopédia colaborativa online. O serviço por enquanto funciona apenas para traduções feitas a partir do inglês, com 47 "idiomas-alvo".

Veja o vídeo demonstrativo

O Globo 09.06.09

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Escritor Didier Lamaison vira imortal da Academia de Letras

O escritor e tradutor francês Didier Lamaison foi eleito Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e ocupará a Cadeira nº1 do quadro, tornando-se um imortal. Lamaison substituirá o escritor português António Alçada Baptista, que morreu em dezembro de 2008.
Tradutor de Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar e Augusto dos Anjos, entre outros poetas brasileiros, Didier Lamaison é autor do romance noir .
A eleição para o quadro de Sócio Correspondente da ABL aconteceu na sessão da tarde desta quinta-feira (4), quando Lamaison recebeu 31 votos.
Leia mais

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Viagem Literária

De Junho a Novembro deste ano, a Biblioteca Municipal "Vereador Rômulo Campos D´Arace" receberá o Programa Viagem Literária.
Pindamonhangaba é uma das 55 cidades do Estado de São Paulo, a receber o programa - que leva escritores renomados e jovens talentos a fazer, literalmente, uma viagem por todo o Estado, percorrendo 275 bibliotecas.
Em Pinda, o programa começa dia 23 de junho, às 15 horas, recebendo o escritor Modesto Carone, considerado o mais importante tradutor da obra ficcional de Franz Kafka no Brasil.

Modesto Carone nasceu em 1937, em Sorocaba, Estado de são Paulo. Foi jornalista e mais tarde professor de Literatura nas universidades de Viena (Áustria), São Paulo e Campinas. É considerado o mais importante tradutor da obra ficcional de Franz Kafka no Brasil. Vencedor do Prêmio Jabuti pelos títulos As Marcas do Real e Resumo de Ana, publicou em 2007 o livro de contos Por trás dos Vidros, que reúne textos inéditos e obras já conhecidas.
http://www.pindavale.com.br/colunas/default.asp?id=14225&cod=215

O designer da linguagem

Em seu “Eupoema”, o estudioso Décio Pignatari anuncia, “Não sou quem escreve, mas sim o que escrevo: Algures. Alguém são ecos do enlevo”...Seu poema pode ser lido junto aos ecos alcançados por seu pensamento mundo afora. Mundos de ontem e de hoje. Desde quando lançou seu primeiro livro de poesias, “Carrossel”, passando pelos seus escritos na revista ‘Noigandres’ - ainda na década de 50 ao lado dos irmãos concretistas Augusto e Haroldo de Campos; chegando aos dias de hoje, quando Décio, aos 81 anos de vida se dedica aos estudos da semiótica e se alegra ao ver chegar nas prateleiras brasileiras a obra “Bili com Limão Verde na Mão”, escrita para o público infanto-juvenil. Convidado para a Semana de Humanidades da UFRN, o escritor, tradutor e poeta conversou com o VIVER horas antes de sua palestra, com a voz um pouco cansada mas com a energia de um menino. Falou sobre a trilogia que está escrevendo – uma delas com a história das cartas de Nísia Floresta e Augusto Comte -, e fez crítica à ausência de qualidade na literatura contemporânea brasileira.Em seu olhar caleidoscópio sobre o mundo, o poeta e cientista acredita que as ciências humanas precisam beber nas fontes das ciências exatas e tecnológicas na tentativa de consertar o erro instalado por anos a fio na história da academia. Para ele, existe uma ausência na formação do professor de literatura e de artes quando precisam analisar obras. “Existe um isolamento da área de humanas em relação ao universo lógico. Não é que o professor precise entender matemática, mas ter acesso a outras informações para compor sua sabedoria”, disse .Mesmo hoje em dia preferindo a música no lugar da leitura, sua inquietação diante das ciências humanas alcança um pensamento bombástico. Para ele, a humanidade está fragilizada com a tecnologia e a literatura está desaparecendo. “Tanto o romance como a poesia estão desaparecendo em qualidade. E o ciclo do verso está chegando ao fim. O verso hoje é um fóssil”.Suas palavras soam como um grito debaixo de seus olhos já frágeis pela idade. E ele acrescenta que a mudança brusca da tecnologia atinge diretamente a arte. “Estamos numa fase de imensas mutações. Hoje os prosadores brasileiros escrevem iguais. Não existe um estudo, uma teoria, uma direção lógica para a produção literária. O estímulo geral hoje na literatura é o mercadológico. Poesia está fora disso, pois a poesia contraria a lógica e sinceramente ninguém lê poesia, mas isso é outro assunto”, disparou. Em seu discurso, o concretismo foi a única revolução internacional nascida no Brasil. Ele que hoje não escreve mais poesia mas fez parte do nascimento do poema concreto, faz questão de abraçar o silêncio para se abrigar dessa loucura transmutável em que se transformou o mundo. “Estou (des) crevendo para esquecer”, disse Décio lembrando que hoje ele escreve sim, mas escreve em seu caderno de bordo, uma espécie de diário de ideias e faz no máximo um poema com três linhas, tão raros quanto o próprio escritor.
Leia a Entrevista em:
http://tribunadonorte.com.br/noticias/111414.html

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Documentário - Patativa do Assaré

Documentário sobre Patativa do Assaré mostra o reconhecimento internacional da sua obra, especialmente na França, com depoimentos da brasilianista Sylvie Debs e de Jean Pierr Rousseau, seu tradutor para o francês, que recorda o esforço para manter a fidelidade à métrica e musicalidade peculiares dos versos do brasileiro.
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/05/21/documentario-recupera-figura-do-poeta-patativa-do-assare-755963135.asp

Machado de Assis: tradutor ou recriador

A juventude de Machado de Assis chega agora em junho de 2009 às livrarias em lançamento da Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A Crisálida Livraria e Editora, de Belo Horizonte, deu à estampa o ensaio Machado de Assis tradutor, com tradução do editor Oséias Silas Ferraz, que constitui um complemento à tese de doutoramento que o professor Jean-Michel Massa defendeu em 1969 na Faculdade de Letras da Universidade de Poitiers, na França, e que resultou naquela monumental biografia.
Originalmente, essa tese complementar traz um apêndice com traduções (inéditas) de duas peças por Machado de Assis, “Os burgueses de Paris” e “Tributos da mocidade”, que, porém, não constam deste livro impresso. Ao lado de uma terceira peça traduzida, “Forca por forca”, essas duas peças, aliás, compõem Três peças francesas traduzidas por Machado de Assis, com notas de Jean-Michel Massa, que, em lançamento da Crisálida, chega às livrarias juntamente que a segunda edição de A juventude (...). Feliz coincidência.
http://port.pravda.ru/sociedade/cultura/21-05-2009/27045-machadoassistrad-0

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quais os brasileiros que os estrangeiros leem

A criação de uma rede transnacional pela internet, dedicada à instalação de um banco de dados, levou os organizadores do projeto "Conexões Itaú Cultural - Mapeamento Internacional da Literatura Brasileira", iniciado no ano passado, a levantar informações curiosas não só para os escritores como para o mercado editorial brasileiro. A primeira delas é que nem só de Paulo Coelho vive a literatura do Brasil.
O escritor vivo mais citado numa pesquisa desenvolvida com tradutores, professores e bibliotecários estrangeiros de 19 países pelos organizadores do projeto não foi Coelho, mas o autor gaúcho Moacyr Scliar, de 62 anos, autor de 17 romances, livros de contos e infantis. A equipe de reportagem do "Grupo Estado" teve acesso exclusivo à lista dos nomes mais lembrados pelos participantes da pesquisa - liderada, como era de se esperar, pelo canônico Machado de Assis, citado 25 vezes na relação dos 55 especialistas consultados, seguido por Clarice Lispector e Guimarães Rosa.
Não é só uma lista dos dez mais. Ela incorpora todos os autores citados mais de uma vez pelos tradutores e professores de português em universidades estrangeiras, trazendo nomes recém traduzidos para o inglês, caso do escritor e redator-chefe da revista "Veja", Mário Sabino, autor de "O Dia em Que Matei Meu Pai", que recebeu uma entusiasmada crítica na Austrália. Casos como o de Sabino, com uma carreira relativamente curta na ficção e considerável índice de lembrança entre os pesquisados, atestam que a difusão e o alcance da literatura brasileira no exterior cresceram muito com a presença de editoras brasileiras em feiras internacionais e a troca de informações pela internet entre autores, tradutores e professores.
O Instituto Itaú Cultural já realiza um trabalho de coleta de referências sobre escritores brasileiros por meio de sua Enciclopédia Virtual da Literatura Brasileira, disponível na internet, mas o projeto de mapeamento é ainda mais ambicioso, pretendendo funcionar como uma "cartografia digital da cultura brasileira", segundo Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Diálogos do instituto. Um conjunto de ações começa a ser implementado para ampliar o banco de dados do Itaú sobre literatura, desde a gravação de um programa de rádio com escritores até o lançamento de um blog - já no ar - para captar informações sobre a presença e a recepção da literatura brasileira no mundo.
Outra estratégia do instituto é a realização de encontros anuais entre críticos e escritores para discutir literatura brasileira, como Encontros de Interrogação, cuja quarta edição começa hoje com debates sobre o espaço da literatura brasileira. Durante o evento serão divulgados os resultados da pesquisa.
O editor Felipe Lindoso, consultor de Literatura do Itaú, diz, a respeito da pesquisa com os estrangeiros, que a radiografia da literatura brasileira no exterior não pretendeu reforçar a dicotomia entre alta literatura e literatura de entretenimento. Tanto que Paulo Coelho aparece na lista com quatro citações, mesmo número alcançado por João Ubaldo Ribeiro e Murillo Mendes, todos atrás de Chico Buarque (sete menções) e Mario de Andrade (sete menções).
Entre os estrangeiros consultados estão nomes respeitadíssimos como o do tradutor alemão Berthold Zilly, da Universidade de Berlim, que traduziu "Memorial de Aires", o último romance de Machado de Assis, e o norte-americano Charles A. Perrone, autor de um livro sobre Chico Buarque e grande especialista em Haroldo de Campos.
Segundo a pesquisa do Itaú com esses especialistas, há ainda alguns obstáculos que dificultam a entrada dos escritores - especialmente os novos - no mercado internacional. A última Feira de Frankfurt pode ter reunido 43 editores brasileiros e levado quase dois mil títulos para a Alemanha, mas as ações governamentais são quase nulas na área, segundo a pesquisa. Não há incentivo para o ensino do português em países estrangeiros ou um programa oficial que promova traduções lá fora que funcione, nem mesmo o da Fundação Biblioteca Nacional, dizem os especialistas da área. "Está crescendo o interesse geral no Brasil e a literatura apenas pega carona", diz o americano Charles Perrone, que depende de traduções para ensinar literatura brasileira na Universidade da Flórida.
"Quanto aos autores novos, o especialista estrangeiro recorre a sites como o Cronópios para se informar", conta Claudiney Ferreira, que se inspirou num relatório publicado por Ricardo Reis há 32 anos, na revista "Escrita", para elaborar a pesquisa e mandar as perguntas aos estrangeiros.
http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&template=3948.dwt&tp=&section=Blogs&blog=612&post=183101&tipo=1&coldir=1&topo=4198.dwt

quarta-feira, 20 de maio de 2009

The Linguists - Documentário

Uma colega da tradinfo postou sobre esse documentário bem interessante exibido no Sundance.
http://www.thelinguists.com/

"Like modern-day explorers, the two academics featured in The Linguists travel to forgotten places around the globe to unearth rare treasures—in this case, endangered languages. On a shoestring budget, professors David Harrison and Gregory Anderson navigate difficult terrain, searching for speakers of these forgotten and mostly hidden languages. While more than 7,000 different languages are currently spoken around the world, many are rapidly disappearing. Language diversity is shrinking as colonialism and economic unrest destroy traditional tribal tongues. "

Libras ganha bacharelados

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) ganhou dois bacharelados na Região Sul. A graduação começa a ser oferecida neste inverno, no vestibular suplementar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e no Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre.No Estado, o curso terá sete semestres, no turno da tarde, com carga de 2.984 horas, entre aulas, atividades complementares e estágios. A matriz curricular apresenta disciplinas compartilhadas com as licenciaturas em Letras e outros cursos da instituição. Em Santa Catarina, a formação é uma evolução da primeira licenciatura em libras da América Latina ministrada à distância. A UFSC passa a oferecer 40 vagas, no campus Florianópolis, distribuídas em dois cursos: licenciatura em Letras-Libras e bacharelado em Letras-Libras, com duração de oito semestres. Na licenciatura, o objetivo é formar professores para atuar no ensino de Libras. O bacharelado forma tradutores e intérpretes.Os primeiros cursos superiores de Libras atendem à Lei 10.436 que trata da educação e da inclusão do surdo na sociedade. O profissional atenderá mais de 3% da população brasileira em ambiente escolar e em órgãos públicos. Conforme a diretora administrativa da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) no Estado, Vânia Chiella, a criação dos cursos é um marco na luta dessa comunidade.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2515753.xml&template=3898.dwt&edition=12354&section=1043

terça-feira, 19 de maio de 2009

US interpreter who witnessed torture in Iraq shot herself with service rifle

It is possible that one of the victims of the United States' torture policy is a young, devout Mormon woman from Arizona called Alyssa Peterson. She was a soldier who not only saw the rough interrogation methods that the US military used on Iraqi prisoners, but was deeply troubled by them. Some weeks after formally protesting about them to her superiors, and asking to be reassigned, she took her gun and killed herself. The cause of her death was kept secret for two years, and the mystery of what Peterson witnessed, and the content of the notes she made, still goes on.
It was in September 2003 at Tal-Afar air base, northern Iraq, that Specialist Peterson, serving with a military intelligence section of the 101st Airborne, came across interrogation methods very different from the ones she had known in training. An Arab-speaker, Peterson was assigned to work as an interpreter at interrogation sessions in a unit known as "The Cage". After only two nights, she refused to take further part in the sessions and was reassigned. Then, on 15 September, she shot herself with her service rifle. A notebook recording her thoughts was found by her body. Its contents were blanked out in the subsequent official report.
http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/us-interpreter-who-witnessed-torture-in-iraq-shot-herself-with-service-rifle-1674399.html

sábado, 16 de maio de 2009

Uma profissão em alta

Há mais de 20 anos não é realizado concurso para nomeação de profissionais como tradutor juramentado no Estado de Santa Catarina. A Junta Comercial de Santa Catarina (Juncesc) e a Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) abriram 17 vagas de tradutores públicos e intérpretes comerciais para preenchimento por concurso público, iniciando no próximo dia 24 de maio. São mais de 430 inscritos para cinco idiomas: 47 para o alemão, 50 para o francês, 67 para o espanhol, 84 para o italiano e 182 para o inglês. O tradutor juramentado traduz textos como passaportes, certidões dos registros civis, carteiras de identidade e habilitação profissional. Este tipo de tradução, uma vez reconhecida em cartório ou Consulado, passa a ter fé pública. Pode também atuar como intérprete em juízo nos processos em que estão envolvidos estrangeiros que não conhecem Português.O principal requisito para tornar-se tradutor público é ser praticamente bilingue, isto é, redigir perfeitamente em pelo menos duas línguas, além de falá-las fluentemente. O Sindicato Nacional de Tradutores recomenda cursos de reciclagem. Em Florianópolis, há o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (mestrado e doutorado) da UFSC. É o único no Brasil, com 23 docentes especialistas em línguas estrangeiras e tradução.As bancas examinadoras de cada língua devem ser altamente capacitadas, pois o nível deste tipo de concurso, e este em particular, é muito elevado. Basta ver a lista dos candidatos que participarão: muitos tradutores já atuantes, muitos ex-alunos das graduações em línguas estrangeiras da UFSC, ex-alunos da Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC, entre mestres e doutores, dentre eles, muitos bilingues. Serão bancas bilíngues, com doutoramento na área da tradução e/ou com experiência profissional como tradutor, para ter aptidão para avaliar os candidatos.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2512058.xml&template=3898.dwt&edition=12324&section=1320

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crônica do Verissimo

Já contei que uma vez o Jorge Furtado comprou um programa de traduções para o seu computador e fez uma experiência. Digitou toda a letra do nosso Hino Nacional em português e pediu para o computador traduzi-la sucessivamente em inglês, francês, alemão, holandês, etc. Do português para o inglês, do inglês para o francês e assim por diante até ser traduzida da última língua do programa de volta para o português. Segundo o Jorge, a única palavra que fez todo o circuito e voltou intacta foi "fúlgidos". Em inglês, "salve, salve" ficou "hurray, really hurray" e parece que em alemão o texto ficou irreconhecível como hino, mas, em compensação, reformulou todo o conceito kantiano do ser enquanto categoria transcendental imanente em si.
Gostei de saber do fracasso do computador. O meu barato era ver computador ridicularizado. Uma implicância mesquinha, reconheço. Eu a via como um último gesto de resistência à beira da obsolescência. Não podia viver sem o computador, mas minha antipatia crescia com o convívio. O programa de texto que eu usava era à prova de erro ortográfico. O computador não me deixava errar, por mais que eu tentasse. Subvertia o que eu tinha de mais pessoal e enternecedor e sublinhava meus erros com vermelho insolente.
Não era raro eu repetir o erro, para desafiá-lo e mostrar que alguns dos nossos ainda não tinham se intimidado, na esperança de que ele desconfiasse que eu estivesse certo - ou fosse um caso perdido - e retirasse a correção. Nunca aconteceu. Ele não tinha dúvidas da sua superioridade. Ele não tinha nenhum senso de humor. Daí minha alegria ao saber do seu fracasso como tradutor.
Mas agora - arrá! - somos iguais. Com a reforma ortográfica ele se tornou tão obsoleto quanto eu. Ficou ridículo, insistindo em tremas e hífens que não existem mais. Acabou a sua empáfia! E eu serei implacável. Sei que é fácil atualizar o programa de acordo com as novas regras, mas não farei isto imediatamente. Antes quero saborear a minha vingança. E a cada vez que ele sublinhar em vermelho uma palavra minha, direi: "Burro é você! Burro é você!"
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/05/14/arra-185999.asp

O TED e a polêmica tradução voluntára

Mais detalhes sobre o TED (já publicado aqui).

Em formação há um ano, o projeto oferece legendas de vídeo, transcrições com time-code (permite a localização precisa de pontos de áudio e vídeo) e possibilita aos voluntários do mundo inteiro traduzirem qualquer palestra para qualquer idioma. O projeto será lançado com 300 traduções em 40 idiomas; mais de 200 tradutores voluntários já contribuíram.
"A missão do TED é difundir globalmente boas idéias e já era tempo de começarmos a chegar até os 4,5 milhões de pessoas no planeta que não falam inglês", declara Chris Anderson, Curador do TED. "Estamos entusiasmados por estarmos utilizando uma abordagem de baixo para cima e de código aberto que permitirá, no devido tempo, que todas as nossas palestras sejam traduzidas para centenas de idiomas. Uma poderosa revolução via internet na educação global está em andamento. Não estamos longe do dia em que a maioria das pessoas da terra será capaz de acessar diretamente os maiores professores do mundo falando para elas em seu próprio idioma. Fantástico, não é?"
Cada uma das mais de 400 palestras no TED.com oferecerá agora:
-- Legendas em inglês e em vários outros idiomas (diversos vídeos contêm até 25 idiomas no lançamento)
-- Uma transcrição interativa, com time-code, em múltiplos idiomas, que permite clicar em qualquer frase e pular diretamente para aquele ponto no vídeo. Isto torna todo o conteúdo do vídeo indexável pelos programas de busca da internet
-- Títulos traduzidos e descrições do vídeo que aparecem quando um novo idioma é selecionado
-- Endereços da internet (URLs) específicos do idioma que tocam automaticamente as legendas escolhidas
O Projeto de Tradução Aberta do TED é um dos mais abrangentes empreendimentos em direção a uma plataforma de mídia principal de legendar e indexar conteúdos de vídeo online. É também um esforço revolucionário no uso da tradução voluntária, tanto profissional quanto pública.
"A tradução voluntária será cada vez mais importante para qualquer um que esteja tentando alcançar uma audiência global", diz June Cohen, Produtora Executiva da TED Media. "Esta é a única maneira viável de atingir todos os idiomas do mundo. A tradução crowdsourced (colaboração em massa) cria comunidades de voluntários apaixonados pela produção de grandes trabalhos, responsáveis pela exatidão de suas traduções e envolvidos em desenvolver o sistema em si. Isto transforma os usuários em verdadeiros participantes, ajudando na difusão de idéias".
As traduções crowdsourced em todos os idiomas do mundo
Para lançar o Projeto de Tradução Aberta, uma pequena quantia de palestras foi traduzida profissionalmente para 20 idiomas. Porém todas as traduções daqui em diante serão fornecidas por voluntários. Na realidade, os tradutores voluntários já contribuíram com mais de 200 traduções publicadas para o projeto (com mais 450 em desenvolvimento). Estes voluntários abrangem desde grupos bem organizados trabalhando juntos em seus próprios idiomas, até tradutores sozinhos trabalhando individualmente e emparelhados com outros pelo TED.
Para apoiar este programa, o TED e o parceiro de tecnologia dotSUB, desenvolveram um conjunto de ferramentas que permite aos participantes em todo o mundo traduzirem suas palestras favoritas para seus próprios idiomas. Esta abordagem é expansível e, mais importante ainda, permite aos falantes de idiomas menos dominantes uma oportunidade igual para difundirem idéias dentro de suas comunidades.
Para garantir a qualidade das traduções, o TED estabeleceu um conjunto de orientações e sistemas para ajudar os tradutores a fornecerem o melhor trabalho possível. Em primeiro lugar, é fornecida uma transcrição em inglês produzida profissionalmente (e aprovada pelo orador convidado) para cada palestra, de maneira que todas as traduções sejam baseadas no mesmo documento de origem. O TED então exige que toda tradução seja revisada por um segundo falante fluente antes de ser publicada; tanto o tradutor quanto o revisor terão seus nomes divulgados no site. O TED controla o botão final para "publicar" (nada é "automaticamente" publicado), e existem mecanismos de feedback para o fornecimento contínuo de informações da comunidade e aperfeiçoamentos após a publicação.
No lançamento, o Projeto de Tradução Aberta do TED incluirá mais de 300 traduções, em mais de 40 idiomas, incluindo Árabe, Bengalês, Búlgaro, Chinês, Dinamarquês, Holandês, Finlandês, Francês, Alemão, Grego, Hebraico, Hindi, Húngaro, Italiano, Japonês, Kannada, Quirguistanês, Coreano, Norueguês, Persa, Polonês, Português, Romeno, Russo, Espanhol, Suaíli, Sueco, Tâmil, Telugu, Tailandês, Turco, Urdu e Vietnamita. Nossos tradutores procedem de cidades desde Beijing a Buenos Aires; Teerã a Tel Aviv; Espoo, na Finlândia a Barranquilla, na Colômbia.
http://br.noticias.yahoo.com/s/13052009/24/economia-negocios-projeto-traducao-aberta-ted.html

quarta-feira, 13 de maio de 2009

TED Open Translation Project

As palestras de 18 minutos disponíveis gratuitamente no site da conferência TED (Tecnologia, Entretenimento e Design) estarão acessíveis além do idioma inglês com o lançamento do TED Open Translation Project (Projeto de Tradução Aberta do TED). O novo sistema anunciado nesta quarta-feira (14/05) entra no ar oferecendo 300 traduções em 40 idiomas, incluindo o português.O TED teve início em 1984 como uma conferência anual, unindo personalidades das áreas de tecnologia, entretenimento e design - hoje inclui ciência, negócios, artes e assuntos globais. No evento, os palestrantes são convidados para falarem sobre suas vidas em 18 minutos. Com o projeto de tradução aberta, os internautas podem assistir às palestras disponíveis na internet com legendas de vídeo, transcrições com time-code, que permite a localização precisa de pontos de áudio e vídeo, e ainda podem colaborar com as traduções. Mais de 200 tradutores voluntários já contribuíram, segundo a organização.
http://idgnow.uol.com.br/carreira/2009/05/13/palestras-online-da-conferencia-ted-ganham-traducao-em-40-idiomas/

Dieç anhos para traduzir toda la Bíblia Sagrada an lhéngua mirandesa

Dieç anhos fui quanto tardou a traduzir la Bíblia pa l mirandés. L tradutor ye Domingos Ferreira, un home de 61 anhos, nacido an Samartino i a bibir an Zenízio. La obra stá apersentada an 6 belumes (cindo deilhes cun l Bielho Teçtamento i un cun l Nuobo Teçtamento) puoden ser bistos i apreciados ne l Museu de la Tierra de Miranda. La Bíblia, screbida an mirandés, fai parte de la pieça de l més de l Museu de la Tierra de Miranda, ajuntando-la a este anho de 2009 i a las comemoraçones ls dieç anhos de l reconhecimento oufecial de la lhéngua mirandesa.La ancadernaçon de ls seis belumes tamien tubírun la mano de Domingos Ferreira, ua beç que l tradutor daprendiu l oufício de ancadernador-dourador. La traduçon desta Bíblia seguiu la berson pertuesa- Bíblia Sagrada, traduzida da vulgata e anotada pul Pe. Matos Soares, 19ª Edição. La FUOLHA MIRANDESA nun quijo perder pitada ningua deste acuntecimiento i fui a casa de tiu Domingos, a Zenízio, a falar de cumo todo se passou.

Wikipedia: A língua mirandesa, ou mirandês, é uma língua românica do grupo linguístico asturo-leonês, com o estatuto de língua oficial na Terra de Miranda (norte de Portugal). É falada por quinze mil pessoas no concelho de Miranda do Douro e em três aldeias do concelho de Vimioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras aldeias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

Leia a entrevista em mirandês com o tradutor em
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=267&id=11880&idSeccao=2429&Action=noticia

terça-feira, 12 de maio de 2009

Jornalista presa no Irã tinha cópia de relatório secreto

O advogado de Roxana Saberi, 32, revelou nesta terça-feira, um dia depois de a Justiça do Irã mandar soltá-la, que a jornalista --que tem cidadania iraniana e americana-- foi condenada por espionagem porque possuía uma cópia de um relatório confidencial do governo iraniano a respeito da presença americana no Iraque.
Saberi afirma que copiou o documento por curiosidade, quando trabalhava como tradutora free-lancer para um grupo poderoso ligado aos clérigos iranianos. O documento acabou se tornando base para as acusações contra a jovem no seu julgamento feito a portas fechadas, contou o advogado Saleh Nikbakht. Outro argumento usado foi uma viagem que Saberi fez a Israel em 2006 --o Irã proíbe seus cidadãos de visitar Israel, seu inimigo na região.
Nesta segunda-feira (11), um tribunal de apelações do Irã acatou um recurso e diminuiu a pena de oito anos de prisão à qual Saberi havia sido condenada para uma pena condicional, de dois anos, que apenas a proíbe de cometer crimes e de trabalhar como jornalista no Irã pelos próximos cinco anos.
http://www.gazetadaserra.com.br/noticias.php?intIdUltimaNoticia=78315

Gmail vai oferecer tradutor de e-mails

O Gmail, serviço de webmail gratuito do Google, ganhará um tradutor simultâneo esta semana. A informação foi confirmada nesta terça-feira (12/05) Matthew Glotzbach, diretor de produtos do Google, durante a feira CeBit realizada em Sydney, na Austrália. Segundo ele, o serviço estará disponível nesta quarta-feira.A nova função permitirá que os usuários do Gmail traduzam e-mails de outros idiomas com apenas um clique.

http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/05/12/gmail-vai-oferecer-tradutor-de-e-mail/

Semana de debates no Espaço Pasárgada homenageia Luzilá Gonçalves

Evento segue até esta sexta-feira, com convidados especiais; nesta terça, foco é estudo sobre a obra da escritora

Durante toda esta semana, o Espaço Pasárgada, da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), promove o projeto “Luzilá Vai a Pasárgada”. O encontro homenageará a escritora pernambucana Luzilá Gonçalves Ferreira, autora do clássico brasileiro “Os Rios Turvos”, romance que narra a história de Bento Teixeira.

Na quarta-feira (13), é a vez do tradutor Fábio Andrade contar sobre o universo de sua profissão e como foram feitas as traduções de Luzilá, Carlos Drummond de Andrade e Ferreira Gullar para o francês. O encontro, que começa às 18h, homenageia o Ano da França no Brasil.No dia 14, às 15h, crianças de escolas públicas estaduais, como Sizenando Silveira, Sílvio Rabelo e Ginásio Pernambucano, realizarem atividades de leitura de textos infantis inéditos da escritora. Na ocasião, também participarão do encontro alunos do curso de Teatro da UFPE. O último dia (15) fechará a semana com leitura de textos e sarau abertos ao público, a partir das 18h.

SERVIÇO: Luzilá Vai a Pasárgada
Local: Espaço Pasárgada - Rua da União, 263 – Boa Vista – RecifeAberto ao público
Informações: 3081-3092

http://pe360graus.globo.com/diversao/diversao/literatura/2009/05/12/NWS,490511,2,30,DIVERSAO,884-SEMANA-DEBATES-ESPACO-PASARGADA-HOMENAGEIA-LUZILA-GONCALVES.aspx

Amos Oz, caneta preta para política e azul para as histórias

ARAD, Israel - Há quatro décadas Amos Oz é conhecido em Israel e em todo o mundo por duas de suas características: sua visão política ardentemente liberal e a observação íntima presente na sua ficção. Ele sempre insistiu que se tratam de coisas distintas, e de fato assim parecem ser. Seus romances e contos não são alegorias do conflito palestino, mas histórias profundamente humanas de ambiguidade e melancolia. Os ensaios políticos, por sua vez, expõem argumentos com transparência completa.
Nos seus 70 anos, comemorados na semana passada com um festival de três dias em Arad e uma conferência acadêmica realizada na Universidade Ben-Gurion em Bersheva, além do lançamento simultâneo da tradução inglesa do seu mais novo romance e de uma nova coletânea de obras traduzidas de ficção e não ficção intitulada O Leitor de Amos Oz, ele oferece uma oportunidade de enxergar seus dois estilos de escrita por meio de uma única lente. Ficção e não ficção emanam da mesma fonte, diz ele - a empatia. As duas tentam imaginar o próximo.
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,amos-oz-caneta-preta-para-politica-e-azul-para-as-historias,369483,0.htm

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estágio

O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) está selecionando candidatos para 2.541 vagas de estágio em todo o país. Há oportunidades para estudantes do ensino médio, técnico e superior, período matutino e noturno. As bolsas variam de R$ 315 (ensino médio) a R$ 1,5 mil (arquitetura e urbanismo).
Os interessados em concorrer às vagas devem cadastrar-se gratuitamente no site www.nube.com.br.
Algumas das vagas são para estudantes de administração de empresas, análise de sistemas, arquitetura e urbanismo, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências da computação, comunicação social - rádio e TV, desenho industrial, direito, economia, engenharia civil, ensino médio, farmácia, letras/tradutor, marketing, nutrição, publicidade e propaganda, técnico em edificações, técnico em eletrônica, técnico em gestão, técnico em mecânica, técnico em secretariado e tecnologia em comércio exterior.
G1 06.05.09

Tradutora de Saramago premiada em Barcelona

Núria Prats Espar foi galardoada com a edição 2009 do Prémio de Tradução Giovanni Pontiero pela sua tradução em catalão do livro "A Viagem do Elefante".
Tradutora de autores como Antonio Tabucchi, Clarice Lispector, Mia Couto, Manoel de Barros, Bernando Atxaga e Manuel Rivas, a vencedora da nona edição do prémio recebeu o galardão numa cerimónia em Barcelona.
O Prémio de Tradução Giovanni Pontiero, uma iniciativa do Centro de Língua Portuguesa/Instituto Camões de Barcelona e pela Faculdade de Tradução e Interpretação da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), está destinado a traduções de obras literárias, de qualquer género, escritas originariamente em língua portuguesa e publicadas em espanhol ou catalão.
Com um valor de 6.000 euros, o prémio é entregue a obras em espanhol (nos anos pares) e a obras em catalão (nos anos ímpares).
O prémio foi instituído em 2001 para honrar a figura do grande tradutor Giovanni Pontiero.
A cerimónia de entrega do prémio foi presidida pelo vice-reitor de Transferência Social e Cultural da Universitat Autònoma de Barcelona, Bonaventura Bassegoda, contando com intervenções do decano da Facultat de Traducció i d'Interpretació, Francesc Parcerisas, e dos membros da associação Amigos de Giovanni Ponteiro, Pilar Orero e Joan Sellent.
Núria Prats Espar, nascidade em 1964, é licenciada em Filologia Catalã pela Universitat Autònoma de Barcelona (1988) e tradutora.
O júri da edição deste ano escolheu entre seis traduções, enviadas de vários pontos dos territórios de língua catalã.
Na edição do ano passado, o premiado foi o tradutor espanhol Antonio Sáez Delgado, reconhecido pela sua tradução para espanhol da obra "A Ruiva", de Fialho de Almeida, publicada sob o título "La Pelirroja" em 2006.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1223214

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Speaking the language - Courts, the accused rely on interpreters in E. Iowa to ensure justice for all

CEDAR RAPIDS — Most people would assume court interpreters fluent in Spanish are in high demand.But who would have thought such a demand for Kirundi would exist in Linn County district courtrooms?
Kirundi is a Bantu language spoken in Burundi, Africa, and Samuel Nzoikorera is the go-to guy when someone from that area is accused of a crime in Linn County. Statewide, the demand is greatest for Spanish interpreters, followed by Bosnian, Croatian, Arabic and Vietnamese.
The state has 249 certified and non-certified interpreters. The roster lists no Kirundi speakers.Nzoikorera, a Burundi native now living in Cedar Rapids, isn't listed because he hasn't completed the formal courtroom interpreter training. But he started interpreting for the courts in 2003 before the state interpreter program started 2004.
Lori Schoon, Linn County District Court case specialist, said the legal system latched onto Nzoikorera because he's the only English/Kirundi-speaking person in the area.Recruiting interpreters isn't new for Linn County, Schoon said. They used to rely on 6th Judicial District Judge Fae Hoover-Grinde, when she was with the public defender's office in the late 1990s. Hoover-Grinde wasn't strictly an interpreter, but she was fluent in Spanish and the law."I was the only Spanish-speaking attorney around," she said. "They would call me for initial appearances." Schoon said interpreters with no formal training, like Nzoikorera, have to sign a waiver for the state in order to be paid. The waiver allows them to interpret at initial appearances in a criminal case, for simple misdemeanors (more minor crimes) and during civil court proceedings.
Continues at http://www.gazetteonline.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20090505/NEWS/705059932/1006

FUB, UFMA e IFPA abrem vagas para nível médio e superior

Fundação Universidade de Brasília (FUB): São oferecidas chances para formação de cadastro reserva para os seguintes cargos em nível superior: administrador; assistente social; auditor; biólogo; contador; desenhista industrial; economista; editor de publicações; enfermeiro; engenheiro; estatístico; farmacêutico; físico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; geólogo; jornalista; médico; médico veterinário; nutricionista; pedagogo; programador visual; psicólogo; químico; redator; revisor de texto; secretário executivo; técnico desportivo; técnico em assuntos educacionais; terapeuta nutricional e tradutor intérprete. A remuneração é de R$ 1.747,83.
www.cespe.unb.br/concursos/fub2009

terça-feira, 5 de maio de 2009

Entrevista. Mestre e doutora em letras e linguística, Elizabeth Santos Ramos, neta de Graciliano Ramos, fala da obra do avô

O Brasil que Graciliano Ramos descreveu em "Vidas Secas", por meio dos personagens Fabiano, Baleia e Sinha Vitória, ainda resiste nos noticiários atuais. Mestre e doutora em letras e linguística pela Universidade Federal da Bahia, Elizabeth Santos Ramos, 58, neta do escritor alagoano, assim cria a relação temporal: "O que normalmente me aflige é observar a problemática construída no romance refletida no noticiário, no nosso cotidiano". Ela desenvolveu mestrado com análise na tradução para o inglês de "Vidas Secas", "São Bernardo" e "Infância" e escreveu a tese de doutorado "‘Vidas Secas’ e ‘The Grapes of Wrath’: O Implícito Metafórico e sua Tradução", um "estudo da tradução das metáforas de exclusão nas duas obras de Graciliano Ramos e John Steinbeck". Na entrevista a seguir, Elizabeth fala sobre a atualidade de "Vidas Secas" e da relação do romance com a atualidade, da ‘miséria e das relações de poder’.

O que significa "Vidas Secas" para a compreensão do Brasil, tanto nos anos 30 como agora?

O romance aguça o olhar crítico com referência, particularmente, à miséria e às relações de poder e submissão, ainda existentes no Brasil. Talvez, por isso, conste da lista dos livros cuja leitura é exigida para o vestibular em todo o país.

Para o leitor estrangeiro, qual o impacto que o livro causa?

A julgar pelas vendas, resenhas e pelo desconhecimento do nome do autor no exterior, fora do circuito acadêmico, não creio que cause muito impacto. No entanto, é preciso observar que, não raro, obras canônicas, que se deslocam de um "sistema literário periférico" para outro "hegemônico", perdem sua condição central. Basta lembrar, por exemplo, o que acontece com a literatura em língua inglesa produzida em países africanos ou caribenhos - a chamada literatura pós-colonial.

Quanto dessa literatura é traduzida no Brasil?

Muito pouco. E o fato não tira dessas produções o seu valor. É apenas lamentável que não tenhamos acesso a excelentes textos produzidos nesses lugares do mundo. O mesmo raciocínio aplica-se a "Vidas Secas". É interessante observar que o romance foi publicado em 1938 e que, no ano seguinte, John Steinbeck lançou o seu "As Vinhas da Ira", com temática semelhante e extremo sucesso nos Estados Unidos e no exterior. "Vidas Secas" só foi traduzido nos Estados Unidos em 1961, pela Texas University Press.

Como enxergar o Brasil através de Fabiano e Baleia?

Em carta datada de 7 de maio de 1937, Graciliano escreve à sua mulher, Heloísa: "Escrevi um conto sobre a morte duma cachorra, um troço difícil, como você vê: procurei adivinhar o que se passa na alma duma cachorra. Será que há mesmo alma em cachorro? Não me importo. O meu bicho morre desejando acordar num mundo cheio de preás. Exatamente o que todos nós desejamos. A diferença é que eu quero que eles apareçam antes do sono, e padre Zé Leite pretende que eles nos venham em sonhos, mas no fundo todos somos como a minha cachorra Baleia e esperamos preás". Em "Vidas Secas", o leitor depara-se com as seguintes palavras do narrador: "Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foi esboçando. Acomodar-se-iam num sítio pequeno. Cultivariam um pedaço de terra. Mudar-se-iam depois para uma cidade, e os meninos frequentariam escolas, seriam diferentes deles." No entanto, ao final do romance, o narrador anuncia: "Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinha Vitória e os dois meninos". A esperança anterior dá lugar, então, à impossibilidade do sonho. Será que os milhares de miseráveis do nosso país terão, algum dia, preás antes do sono? É o que todos nós desejamos, não é mesmo?O leitor brasileiro ainda se incomoda ao ler "Vidas Secas", no sentido de que a miséria, a pobreza e a seca são questões vivas, mas não mais tão camufladas? Se o leitor se incomoda, é difícil saber. Sei que eu me incomodo. Mas não me incomodo com a leitura de "Vidas Secas". O que normalmente me aflige é observar a problemática construída no romance refletida no noticiário, no nosso cotidiano. A respeito de "Vidas Secas", Graciliano escreveu ao tradutor argentino Benjamín de Garay, 1937: "Não sei não, Garay. O meu bárbaro pensamento é este: um homem, uma mulher, dois meninos e um cachorro, dentro de uma cozinha, podem representar muito a humanidade. E ficarei nisto, enquanto não me provarem que os arranha-céus têm alma." (A informação está no livro de Pedro Moacir Maia, "Cartas Inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos", EDUFBA, 2008)

Os livros de Graciliano Ramos têm a solidão como elemento comum - estou certo em afirmar?

"Vidas Secas", "Angústia" e "São Bernardo" trazem personagens isolados em si, ainda que em convivência com outros. O quanto reflete o próprio escritor? E qual a importância dessa solidão na escrita de Graciliano? Não vejo "Vidas Secas" como romance composto por "personagens isolados em si". Ao contrário. Há uma solidariedade muito clara entre os membros da família, uma preocupação grande de Fabiano com a mulher e os filhos. É a união entre eles que permite a sobrevivência em condições tão adversas. Fabiano, um bruto que não sabia falar, se preocupa com Sinha Vitória, com a casa, com a família: "Lembrou-se da casa velha onde morava, da cozinha, da panela que chiava na trempe de pedras Sinha Vitória provava o caldo na quenga de coco. E Fabiano se aperreava por causa dela, dos filhos e da cachorra Baleia". No capítulo Cadeia, o próprio personagem afirma: "Se não fosse isso... An!". Se não fosse o senso de solidariedade entre os membros da família, Fabiano teria matado o Soldado Amarelo, teria se juntado ao cangaço... Acredito que o afeto, existente em "Vidas Secas", rompe a solidão, o que não acontece em "Angústia" ou "São Bernardo".

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=109716

The House of the Fortunate Buddhas

João Ubaldo Ribeiro assinou contrato com uma das editoras mais respeitadas dos Estados Unidos, a Dalkey Archive Press, vinculada à Universidade de Illinois, para lançar nos EUA A casa dos budas ditosos. A publicação será traduzida para o inglês por Clifford Landers (o mesmo tradutor de O sorriso do lagarto) e terá o título The House of the Fortunate Buddhas.

Programas de computador farão o trabalho braçal do tradutor

A tradução automática, feita por computador, foi criada pelos americanos nos anos 50 para espionar os russos durante a Guerra Fria. Na época, ela se baseava na gramática e na análise das frases. A tentativa de criar versões em outros idiomas fornecia uma versão tosca do texto. Muitas frases, traduzidas literalmente, ficavam sem sentido. Uma expressão inglesa como “out of the blue” acabava traduzida como “fora do azul” – quando quer dizer “inesperadamente”. Ninguém levava a tradução automática muito a sério. Essa situação perdurou por décadas. Nos últimos anos, os programas de tradução deram um salto. Hoje, eles combinam a gramática com a matemática. Ela analisa a forma mais comum de traduzir uma palavra ou expressão e, consultando um banco de dados, consegue oferecer um resultado mais próximo de uma versão profissional.
O tradutor automático mais popular do mundo é o Google Translate. Graças à contribuição dos próprios internautas, ele consegue manter um processo de aperfeiçoamento contínuo. No final das traduções, há um link para “sugira uma tradução melhor”. Com isso, o Google aumenta seu banco de dados de palavras e expressões – e a qualidade das novas traduções. Ele se tornou uma ferramenta até razoável para quem quer ter uma ideia do conteúdo de uma frase ou de um texto pequeno. Mas está longe de satisfazer às necessidades geradas pelo mundo globalizado.
Enquanto um médico escreve um artigo científico na Alemanha, uma empresa finlandesa lança seu novo celular na Argentina e uma montadora japonesa prepara o lançamento de um carro nos Estados Unidos. Produtos locais passaram a ser encontrados em qualquer lugar. A maior velocidade de lançamento obriga a uma distribuição global rápida. O artigo científico do médico alemão será traduzido pelo menos para inglês, mas possivelmente também para outros idiomas. O celular da empresa finlandesa – fabricado na China – chegará a dezenas de países com os manuais de instruções devidamente traduzidos e adaptados. Não basta usar o espanhol falado na Espanha num manual argentino. É preciso adaptá-lo à forma de falar local. O carro japonês que rodar nos EUA terá seu velocímetro em milhas por hora, unidade de medida adotada no país. Todos esses produtos já foram ou serão traduzidos e adaptados. São textos, manuais de instruções, contratos de negócios, vídeos institucionais.
Está aí, hoje, a maior fatia do mercado de traduções, estimado em algo como US$ 15 bilhões. No último trimestre do ano passado, mesmo com o início da crise econômica, ele cresceu 85% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa para 2012 é que esse mercado atinja US$ 25 bilhões. “O custo de dar às pessoas uma informação em sua língua local é baixo em relação ao retorno que as empresas têm com os produtos”, diz Renato Beninatto, executivo da Common Sense Advisory, empresa independente que analisa o mercado de traduções.
“O custo de dar às pessoas uma informação em sua língua local é baixo em relação ao retorno que as empresas têm com a venda de seus produtos” RENATO BENINATTO, executivo da Common Sense Advisory
Para atender à demanda, o trabalho das empresas de tradução precisou se modernizar. E a tecnologia foi essencial para isso. Os profissionais da área já não fazem todo o trabalho bruto, palavra a palavra. Com programas que aprendem termos e frases completas – como Trados, Deja Vu e Word Fast – ou com ferramentas e bancos de dados on-line, eles têm atuado como revisores e editores do material produzido automaticamente. Esses programas criam um grande banco de dados, capaz de reconhecer se um trecho igual foi traduzido antes. “Para a literatura técnica, o uso dessas ferramentas é indicado por reduzir o tempo de execução, padronizar os termos adotados, aumentar o glossário para tradução, melhorar o controle de qualidade e reduzir custos”, afirma Thiana Donato, fundadora e diretora da brasileira All Tasks. Alguém que traduza uma média de 3.500 palavras por dia pode dobrar sua produtividade se usar um programa especial para tradução. A All Tasks, que já realizou trabalhos até para a Nasa e agora aposta na internacionalização, prevê faturar até R$ 7 milhões neste ano.
“O principal desafio no Brasil hoje é encontrar mão de obra qualificada. Em 120 testes que fizemos no ano passado, aprovamos menos de 10% das pessoas”, afirma Sávio Levi, diretor de operações da Lionbridge no Brasil, uma das maiores empresas do setor no mundo, com faturamento superior a US$ 400 milhões. Para minimizar o problema, as empresas têm feito parcerias com universidades e centros de ensino para qualificar os tradutores recém-formados para o uso de programas no trabalho diário.
Algumas grandes empresas, como IBM, Philips, Siemens e GE, têm departamentos para cuidar da tradução de seus manuais e documentos. A IBM criou seu próprio programa de banco de dados de palavras e o oferece a tradutores parceiros e algumas universidades. “Nosso trabalho é simultâneo ao desenvolvimento dos novos produtos. Quando o processo termina, fazemos uma verificação linguística do documento”, afirma Almiro Andrade Júnior, gerente da área da IBM que cuida das traduções. No ano passado, a empresa traduziu 160 milhões de palavras.
Para o futuro, os tradutores deverão usar cada vez mais programas de banco de dados de palavras e expressões, que farão praticamente todo o trabalho braçal. Caberá a eles checar e aprovar a versão feita automaticamente. Os profissionais poderão se dedicar, portanto, mais a trabalhos únicos, de teor estético, como versões de obras literárias – algo que, até hoje, nenhum programa de computador é capaz de fazer.
Revista Época 30.04.2009