A Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), vai promover concurso para tradutor juramentado. Segundo Artur Tourinho, presidente da Jucepa, é o 10º concurso dessa natureza que a instituição vai realizar em 132 anos de criação. A iniciativa faz parte da estratégia de modernização implantada pela atual gestão. Para ter efeitos legais no país, livros, documentos ou papéis, de qualquer natureza, redigidos em idioma estrangeiro, têm de ser traduzidos.
Ou seja, só produzirão efeito em repartições da União, dos Estados ou dos municípios, em qualquer instância, juízo ou tribunal ou entidades mantidas, fiscalizadas ou orientadas pelos poderes públicos, quando acompanhados de versão em português firmada por tradutor juramentado. Há muito tempo que o concurso para tradutor juramentado já se faz necessário, pois vai atender uma demanda muito grande de pessoas que precisam regularizar e registrar documentos na Jucepa. O direito legal de atuar nesse campo tem uma grande amplitude, para aquele que se dedicar a tradução e versão de documentos redigidos em língua estrangeira.
Por determinação de Artur Tourinho, o secretário geral da Jucepa, Getúlio Villas Moreira, entrou em contato com a Universidade Federal do Pará (UFPA) para que coordene o concurso. A realização do certame vai regularizar uma situação polêmica. Segundo denúncias de alguns tradutores juramentados que são registrados e têm vínculo com a Jucepa, algumas pessoas estão usando o nome da entidade para fazer traduções e versões sem terem respaldo legal, posto que não têm nenhuma vinculação com a Junta, o que causa problemas.
Para se ter uma ideia, são usuários de tradutores juramentados clientes como universidades públicas e particulares, no caso de documentos escolares; programas de intercâmbio cultural de estudantes de nível médio; bem como profissionais formados fora do Brasil, que precisam registrar diplomas obtidos no exterior.
Diário do Pará 20.03.09