Tradutora experiente, Denise Bottmann está no centro do debate sobre o uso indevido de traduções. Ela denunciou casos aos Ministérios Públicos Estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. São 15 inquéritos sobre traduções com autorias forjadas atualmente disponíveis no mercado brasileiro. Em conversa com o Caderno 3, ela explica como começaram as suspeitas de plágio, além de opinar sobre o papel do Estado e do leitor em meio a essa discussão
O caso mais recente é o da investigação de plágios das traduções de Monteiro Lobato, a cargo do Ministério Público Federal. Há casos que a senhora esteja acompanhando?
Tem alguns inquéritos no Ministério Público Estadual de São Paulo, por iniciativa da tradutora Joana Canedo. A questão não é só do tradutor em si, mas da apropriação de um patrimônio cultural. Canedo entrou com uma grande petição e o Ministério Público Estadual de São Paulo instaurou um inquérito. Uma característica interessante é que uma boa maioria desses problemas acontece com traduções antigas, de textos de 1930 a 1950. Tem ainda um percentual de obras mais recentes envolvendo textos de Portugal.
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Diário do Nordeste