O ultramoderno laboratório da IBM em Yorktown Heights, bucólico subúrbio do estado de Nova York, foi projetado nos anos 50 pelo arquiteto finlandês Eero Saarinen. Desse complexo saem algumas das ideias tecnológicas mais ousadas do mundo. Uma delas promete mudar a face da colaboração entre equipes multinacionais e multiétnicas nos negócios da IBM. O seu nome é n.Fluent (pronuncia-se én-flúãnt). Desde que foi anunciado, em novembro último, o n.Fluent coleciona elogios. Trata-se de um software de tradução em tempo real do inglês para outras dez línguas. Com ele, a IBM será capaz de verter de forma acurada o conteúdo de páginas da web, documentos eletrônicos, chats e mensagens instantâneas. Ainda em teste, o n.Fluent funcionará também em smartphones.
A questão da tradução linguística para incentivar a colaboração foi eleita uma das dez prioridades da empresa. “Para a inteligência planetária, o mundo precisa de um vocabulário comum à colaboração, em especial para a comunidade de negócios”, diz David Lubensky, pesquisador da empresa e um dos gestores do projeto. O n.Fluent pode ser uma mão na roda. A IBM possui 400 mil funcionários em 170 países e o compartilhamento crescente de tarefas e projetos entre esses países cria o risco de uma Babel. O n.Fluent começa a ser apontado como o antídoto para o problema. O software estará disponível para a tradução do inglês ao chinês (simplificado e tradicional) e ao coreano, japonês, francês, russo, alemão, espanhol, português, italiano e árabe. O inglês é o parâmetro e não existe, pelo menos até agora, módulos de tradução entre as outras dez línguas – do português para o russo, por exemplo.
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